Nabokov's poem "The Snapshot" ( "O Instantâneo") has been published in the first issue of photographic magazine "ZUM", edited by Thyago Nogueira and artistic director Elisa von Randow.

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IMS promove lançamento da revista Zum - Fotoclube f/508

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The Snapshot
Vladimir Nabokov

Upon the beach at violet-blue noon,
in a vacational Elysium
a striped bather took
a picture of his happy family.

And very still stood his small naked boy,
and his wife smiled,
in ardent light, in sandy bliss
plunged as in silver.

An by the striped man
directed at the sunny sand
blinked with a click of its black eyelid
the camera's ocellus.

That bit of film imprinted
all it could catch,
the stirless child, his radiant mother,

and a toy pail and two beach spades,
and some way off a bank of sand,
and I, the accidental spy,
I in the background have been also taken.

Next winter, in an unknown house,
grandmother will be shown an album,
and in that album there will be a snapshot,
and in that snapshot I shall be.

My likeness among strangers,
one of my August days,
my shade they never noticed,
my shade they stole in vain.

Binz, 1927 (originally in Russian Cf. "Poems and Problems")
 
 
O instantâneo
Vladimir Nabokov

Numa tarde de praia rosa e lilás,
No elíseo estival,
Um banhista em traje listrado
Fotografa sua família feliz.

O filhinho nu nem se move,
A mulher sorri
Na luz ardente que a areia
Reflete num banho de prata.

E, junto ao turista do traje listrado,
O ocelo da câmera, num clique,
Replica a praia ensolarada
Ao piscar da sua pálpebra negra.

O pedacinho de filme grava
Tudo o que alcança:
O menino imóvel e a mãe radiosa,

Um balde e duas pás de brinquedo,
À distância uma duna,
E eu, espião acidental,
Compondo o pano de fundo.

No próximo inverno, em lar que não visitei ,
Vovó verá um álbum
E, no álbum, uma foto:
Nessa foto eu estarei.

Meu rosto entre estranhos
Num dia de agosto que foi meu ,
Despercebida, uma sombra,
Minha sombra que roubaram em vão. 

translated by Jorio Dauster and J. S.Mello

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